terça-feira, 3 de julho de 2012

Gênero dramático


Galerinha do 9º ano, aí vai o referencial teórico da terceira etapa. Estudem!


O GÊNERO DRAMÁTICO

A principal característica do gênero dramático é a tendência à representação, ou seja, os textos pertencentes a esse gênero são escritos com o objetivo de serem representados por atores a um público. Sua estrutura, portanto é organizada de modo a obter êxito na dramatização, com o auxílio de elementos como o cenário, o figurino, a sonorização, dentre outros, que situam a obra em relação ao tempo e ao espaço.

Os textos do gênero dramático são organizados através das falas dos personagens (discurso direto), permeadas por rubricas ou didascálias, que representam indicações cênicas e nomes dos personagens a cada mudança de turno (fala) no discurso.


1.1   – UNIDADES DE AÇÃO DO TEXTO DRAMÁTICO
As maiores unidades de ação são denominadas atos (divisões do texto dramático que ocorrem a cada mudança de cenário), que se subdividem em cenas (partes dos atos que correspondem à entrada ou saída de algum personagem).


1.2 – ORIGENS:

A principal explicação para a origem do drama seriam os festivais, realizados na Grécia Antiga,  em honra ao deus Dionísio (ou Baco, para os romanos) ao fim de cada colheita de uva. Nesses festivais, bebia-se e cantava-se em louvor a esse deus, homenageando-o através de procissões e da apresentação de seus feitos por um coro, liderado por um *corifeu.  De acordo com o Mito de Téspis, em uma dessas apresentações, o jovem Téspis revolucionou as homenagens ao deus do vinho ao desgarrar-se do coro e subir no altar e gritar “Eu sou Dionísio”. Ele, assim, deu origem  ao ofício de ator e à arte da representação.

*Corifeu: regente do coro nas tragédias gregas.


1.3 – MODALIDADES DO GÊNERO DRAMÁTICO
Grécia Antiga

1.3.1       TRAGÉDIA: Segundo Aristóteles, o objetivo das tragédias era o de provocar uma forte impressão no público, de tal maneira a fazer com que as pessoas refletissem sobre as paixões e vícios humanos, a partir da piedade e do horror produzidos pelas cenas vividas por herois, que apesar de grandiosos cometem erros, muitas vezes inconscientemente.

Nessas peças, o heroi é um ser superior, ético, que enfrenta as adversidades impostas pelos deuses e pelo destino e assumem o erro cometido, tendo um fim trágico, geralmente fatal.


1.3.2       COMÉDIA: Por meio das comédias, eram representados fatos comuns, cotidianos, corriqueiros, relacionados à vida de pessoas comuns. A principal função da comédia era a crítica dos costumes por meio do riso.


Para Aristóteles a tragédia e a comédia desempenhavam uma importante função em relação ao público espectador. Assistir a encenações de dramas envolvendo os vícios e paixões humanas, segundo o filósofo, leva os espectadores à catarse, ou seja, à purificação da alma pelo terror, pela piedade, ou pelo riso que tais encenações despertam por meio das situações que tematizam.



Idade média

1.3.3        AUTO: Peça curta, geralmente de cunho religioso ou profano, com teor moralizante. Os personagens representados eram entidades abstratas, como a bondade, a virtude, a hipocrisia, o pecado, a gula, a luxúria.


1.3.4       FARSA: Peça também pequena, como o auto; seu conteúdo envolvia situações ridículas e grotescas, objetivando criticar os costumes por meio da sátira. A Farsa difere da Comédia pelo fato de não preocupar-se com a verossimilhança.

Ex.: A farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, escrita a partir do ditado: “Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube”

1.3.5            TRAGICOMÉDIA: Peça em que se misturam elementos trágicos (assunto e personagens), com elementos cômicos (linguagem, incidentes e desfecho). Seus temas são variados, como, por exemplo, violência, morte, roubos, dentre outros; sendo a eles dado um tom de humor.

1.3.1              DRAMA MODERNO: Essa modalidade surgiu no séc. XIX e tem como principais características a liberdade de expressão, a eventual mistura entre o sério e o cômico e o estudo do homem burguês em seus conflitos familiares e sociais, havendo uma aproximação dos conflitos representados pelos personagens da peça com aqueles vivenciados pelo homem.

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